A importância do Pastoreio

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“Velai sobre o rebanho de Deus, que vos é confiado,
tende cuidado dele, não constrangidos, mas espontaneamente,
não por amor de interesse sórdido, mas com dedicação” (I Pedro 5.3)

Com o retiro de abertura do ano “Éfeta” o Senhor nos convida (enquanto Comunidade) ser “A Voz que clama no deserto”, como João Batista referiu-se a ele mesmo no Evangelho de São João no capítulo 1 versículo 23 e como moção de Deus para nós filhos da Obra Passio Domini. Nosso Fundador Diácono Luiz nos falava no início do ano, sobre a necessidade e a importância do pastoreio: de zelar, cuidar e estar perto daqueles que o Senhor nos confiar.

O termo “Pastoreai”, no grego “episkopeo”, significa literalmente “considerar” e inclui a ideia de olhar cuidadosamente ou assistir com prontidão.

Nosso modelo precisa ser sobretudo a pessoa de Jesus Cristo, pois olhando para ELE aprendemos como devemos fazer o “pastoreai”. O pastoreio evangélico, como diz na palavra deve acontecer de forma espontânea e com dedicação, refletindo sobre isso me recordei de duas passagens bíblicas que demonstram explicitamente essas características em Jesus: zelo e cuidado para com aqueles que Deus Pai o confiou; na amizade de Jesus com Lázaro, Marta e Maria de Betânia e a sua aparição aos discípulos de Emaús.

A relação de Jesus com os irmãos Lázaro, Marta e Maria, é de amizade, mas também de pastoreio e podemos perceber isso no cuidado e dedicação para com seus amigos.  Com certeza os irmãos traziam em seu coração o sentimento de que “ELE se lembrou de nós”, Jesus em missão os visitava, ceava com eles e os escutava. A afinidade era tanta desta família com Jesus, que quando Lázaro cai doente correm para avisar o mestre. (João 11) E não é assim quando estamos em perigo? Lembramos rapidamente de pedir socorro para aqueles que nos são mais próximos? Eis um pilar do pastoreio “ser e estar próximo”, ambos são verbos de ação, assim dependem da ação de alguém em direção ao outro.

No Evangelho de São Lucas 24, 13-33 Jesus caminha com os discípulos de Emaús, estes estavam descontentes e desanimados, ou seja, sem ânimo na caminhada, pois o mestre a quem seguiam havia morrido na Cruz. Jesus se põe a caminhar com eles, é o bom pastor que zela e cuida que segue acompanhando suas ovelhas. No caminho, Jesus o bom pastor escuta atentamente o desabafo daqueles homens entristecidos e desmotivados pela morte do seu mestre, e com isso podemos identificar mais um pilar do pastoreio “Caminhar junto e Escutar”. Após a escuta, o mestre exorta com Amor, e faz com que os discípulos se recordem de todas as promessas e obras realizadas do seu mestre. Jesus juntamente com eles, faz memória de tudo que haviam escutado e experimentado ao longo da missão e a palavra diz que “Ao partir o pão” as “vendas” dos seus olhos caíram, e a partir disso, perceberam que era o próprio Jesus que havia caminhado com eles, escutando-os, fez memória e os exortou. Com isso, podemos identificar mais um pilar de pastoreio: “Fazer Memoria e exortar com amor”

  • Ser e estar próximo.
  • Caminhar junto e Escutar.
  • Fazer memória.
  • Exortar com Amor.

 Guiados pelo testemunho de Jesus e com a certeza de que o desejo de Deus é que todos sejam salvos, te convido a cuidar e zelar daqueles que Deus te confiou, e a você filho do Carisma Passio Domini, que possamos avançar como tem pedido nosso Fundador, ir além, para que todos nós um dia estejamos juntos, dentro da ‘Divina Vontade’ de nosso Senhor. Que alegria é fazer parte da história de conversão de alguém para Deus, ou até mesmo da volta de um (a) filho (a) de Deus para a caminhada com o Senhor, para sua Igreja, para sua Família.

Que o Espirito Santo nos ajude e guie nesta caminhada, como dizia São Dom Bosco “Dai-me Almas e ficai com o resto”.

Leandro Ramos

Consagrado CCPD

Coord. Núcleo Apostólico CCPD

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