A formação humana na vivência comunitária

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Quero começar com a reflexão sobre o entendimento do que é a formação humana, pois toda formação que promove o ser humano é em suma uma formação humana, contudo aqui vamos discorrer do movimento formativo, de promover a conscientização da compreensão da natureza ontológica do ser humano e da promoção do movimento de autoconhecimento.

Em vista da compreensão dita acima a formação humana é um processo essencial da existência da vivência comunitária. Pois uma vez que o individuo cresce no conhecimento de sua natureza ontológica e do seu autoconhecimento poderá efetivamente direcionar-se ao encontro do outro.

A natureza ontológica do ser humano é comunitária, pois existe com o outro. A existência do indivíduo se compõe na relação com o outro, não há uma dependência, mas uma relação que permite a existência. Assim o individuo não é dependente de alguém especificamente para existir, – a não ser que esteja doente- mas é dependente completamente do movimento relacional.

O cenário que o mundo está vivendo em 2020 nos mostra claramente isso, o individuo não depende de ninguém específico, mas ficar isolado o revela o quanto todos são dependentes da vivência comunitária para existir, inclusive ele. Assim a formação humana, dita a qualidade da vida humana, pois sem ela não há qualidade da vivência comunitária e assim não vivência da vida.

Sem dúvida o a vivência comunitária é o maior desafio da vida, pois nela se revela a doença, a saúde, a pobreza, a riqueza, a prioridade, o descarte, enfim lá está o retrato do que se é. O idealizado não serve para vivência comunitária, pois ela uma hora desvendará o ser e mostrara que o real é diferente do idealizado. O dito não serve, pois o feito marca muito mais que o dito. O pensado se perde quando não se encontra com a ação. Assim a vivência comunitária se alimenta da verdade e esta vem de um movimento de desvelamento do “estar” humano para assumir o “ser” humano.

Agora vale dizer e provocar uma reflexão que uma formação humana impregnada da negação da natureza comunitária pode adoecer cada dia o indivíduo fechando-o em seus horrores, e em um movimento de culpabilização do comunitário ou do outro. O que se pode nomear como um movimento desumanizante.

A humanidade desumanizada destrói a existência comunitária e por assim o fazer destrói a si mesmo. Então toda comunidade – família, igrejas, empresas- precisa descobrir inicialmente um caminho de formação humana para que sua existência se assegure. Então poderá assumir o sentido de sua existência: promover a vida humana.

Um abraço fraterno com amor!

Georgia Moura

Mentora do Instituto Findway – Centro de formação humana e espiritual

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