Baluartes

Os Baluartes na Comunidade Católica Passio Domini

A definição da palavra baluarte é fortaleza, construção segura, que serve de defesa, como sustentáculo. São colunas para uma comunidade, presentes de Deus para cada carisma específico; santos e santas que expressaram com suas vidas a santidade, meta de todo cristão. Nessa longa jornada percebemos sinais abundantes do carisma específico, pelo qual eles mesmos escolheram fazer parte sendo Baluartes, auxiliadores de uma obra suscitada no coração de Deus. Nós, da Comunidade Católica Passio Domini, acreditamos que não somos nós que escolhemos os baluartes do Carisma, mas na realidade foram eles que nos escolheram.

Em nossa comunidade temos a alegria de ter 4 baluartes: Santo Afonso Maria de Ligório, São Pio de Pietrelcina, Santa Teresa Benedita da Cruz e Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, cada qual nos ensinando a sermos homens e mulheres íntimos de Deus, nos levando a viver a mística do nosso carisma específico através de suas vidas.

Santo Afonso Maria de Ligório

Santo Afonso  nasceu perto de Nápoles em 27 de setembro de 1696. Sendo ainda criança foi visitado por São Francisco Jerônimo que o abençoou e predisse para ele grandes bênçãos e sabedoria. Aos 16 anos, caso excepcional obtém o grau de doutor em ambos os direitos, civil e canônico, com notas destacáveis em todos seus estudos.

Para conservar a pureza de sua alma escolheu um diretor espiritual, visitava frequentemente Jesus Sacramentado, rezava com grande devoção à Virgem Maria e fugia de todos os que tivessem más conversações.

Por revelação divina, Santo Afonso abandona tudo e decide converter-se em apóstolo incansável do Senhor Jesus. Em 9 de novembro de 1752 fundou, junto com outros sacerdotes, a Congregação do Santíssimo Redentor (ou Padres Redentoristas), e seguindo o exemplo de Jesus se dedicaram a percorrer cidades, povos e campos pregando o evangelho.
Para o Carisma Passio Domini, Santo Afonso contribui diretamente com o seu exemplo de Vida de Oração, sua oração constante, sua entrega na presença de Deus é o que queremos viver no cotidiano de nossas vidas, em tudo fazer de nossa vida uma constante oração, uma entrega devota ao coração da sempre Virgem Maria.

«Quanto a mim, Deus me livre de me gloriar a não ser na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo» (Gálatas 6, 14).

São Pio de Pietrelcina

Este digníssimo seguidor de S. Francisco de Assis nasceu no dia 25 de maio de 1887 em Pietrelcina, na arquidiocese de Benevento, filho de Grazio Forgione e de Maria Giuseppa de Nunzio. Foi batizado no dia seguinte, recebendo o nome de Francisco. Recebeu o sacramento do Crisma e a Primeira Comunhão, quando tinha 12 anos. Aos 16 anos, no dia 6 de janeiro de 1903, entrou no noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, em Morcone, tendo aí vestido o hábito franciscano no dia 22 do mesmo mês, passando a chamar-se Frei Pio. Terminado o ano de noviciado, fez a profissão dos votos simples e, no dia 27 de janeiro de 1907, a dos votos solenes. Depois da Ordenação Sacerdotal, recebida no dia 10 de agosto de 1910 em Benevento, precisou de ficar com sua família até 1916, por motivos de saúde. Em setembro desse ano de 1916, foi mandado para o convento de São Giovanni Rotondo, onde permaneceu até à morte.

No campo da caridade social, esforçou-se por aliviar os sofrimentos e misérias de tantas famílias, principalmente com a fundação da «Casa Sollievo della Sofferenza» (Casa Alívio do Sofrimento), que foi inaugurada no dia 5 de maio de 1956.

Não existe Ressurreição se não passarmos pela cruz, este é o ensinamento da escola do Pequeno Frade estigmatizado. Queremos abraçar nossa cruz, sendo fiéis até o fim, assim como ele o foi. De maneira mística pedimos ao Senhor que nos ensine a amar a experiência da cruz, vendo nela a vitória do Senhor no alto do madeiro. A busca pelo alívio do sofrimento é outra dimensão que queremos aprender com São Pio de Pietrelcina.

“Responder o chamado de Deus é sempre uma aventura, mas vale a pena correr o risco”. Santa Teresa Benedita da Cruz

Santa Teresa Benedita da Cruz

Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein), nasceu na cidade de Breslau, Alemanha, no dia 12 de outubro de 1891, em uma próspera família de judeus. Aos dois anos, ficou órfã do pai. A mãe e os irmãos mantiveram a situação financeira estável e a educaram dentro da religião judaica. Na adolescência, viveu uma crise: abandonou a escola, as práticas religiosas e a crença consciente em Deus. Em 1921, ela leu a autobiografia de santa Teresa d'Ávila. Tocada pela luz da fé, converteu-se e foi batizada em 1922. Em 1934, tomou o hábito das carmelitas e o nome religioso de Teresa Benedita da Cruz. Em agosto de 1942, dois oficiais nazistas levaram Edith e sua irmã do Carmelo de Echt. Ela procurava consolar os mais aflitos, levantar o ânimo dos abatidos e cuidar, do melhor modo possível, das crianças. Em 9 de agosto, foi morta na câmara de gás e teve seu corpo queimado. A noite escura vivida por Santa Teresa nos impele a vivência mística do mergulhar em Deus, em seu infinito Amor, na dependência do Amor Incondicional. Queremos aprender com Teresa o abandono e o desapego, para sermos todos de Deus. Queremos aprender a nos entregar e confiar inteiramente nas mãos do Amado. A sua busca pelo caminho interior, pela trilha do autoconhecimento é a mesma que queremos trilhar.

Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face

Nasceu em Alençon (França) em 1873 e morreu no ano de 1897. Santa Teresinha não só descobriu que no coração da Igreja sua vocação era o amor, como também sabia que o seu coração – e o de todos nós – foi feito para amar. Nascida de família modesta e temente a Deus, seus pais (Luís e Zélia) tiveram oito filhos antes da caçula Teresa: quatro morreram com pouca idade, restando em vida as quatro irmãs da santa (Maria, Paulina, Leônia e Celina). Teresinha entrou com 15 anos no Mosteiro das Carmelitas em Lisieux, com a autorização do Papa Leão XIII. Sua vida se passou na humildade, simplicidade e confiança plena em Deus. Todos os gestos e sacrifícios, do menor ao maior, oferecia a Deus pela salvação das almas e na intenção da Igreja. Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face esteve como criança para o Pai, livre, igual a um brinquedo aos cuidados do Menino Jesus e, tomada pelo Espírito de amor, que a ensinou um lindo e possível caminho de santidade: a infância espiritual. O mais profundo desejo do coração de Teresinha era ter sido missionária “desde a criação do mundo até a consumação dos séculos”. Sua vida nos deixou como proposta, selada na autobiografia “História de uma alma” e, como intercessora dos missionários sacerdotes e pecadores que não conheciam a Jesus, continua ainda hoje, vivendo o Céu, fazendo o bem aos da terra. Morreu de tuberculose, com apenas 24 anos, no dia 30 de setembro de 1897 dizendo suas últimas palavras: “Oh! …amo-o. Deus meu,…amo-Vos!” A beatificação em 1923, a canonização em 1925 é declarada “Patrona Universal das Missões Católicas” em 1927, atos do Papa Pio XI. E a 19 de outubro de 1997, o Papa João Paulo II proclamou Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face doutora da Igreja. Terezinha revelou ao mundo que a perfeição e a santidade podem estar nas pequenas coisas, nos pequenos gestos e obrigações cotidianas que fazemos com amor. Ela dizia: Sigamos o caminho da simplicidade. Entreguemo-nos com todo o nosso ser ao amor. Em tudo busquemos fazer a vontade de Deus. O zelo pela salvação das pessoas devore nosso coração. “Não quero ser santa pela metade, escolho tudo”.